O SBT anunciou sua nova atração, o Ataque de Risos, só com séries de comédia. Se por um lado é bom, porque a televisão aberta brasileira está finalmente se dando conta de que seriados são muito melhores que os programas normais, por outro mostra um tique tenebroso da emissora do Seu Sílvio: o nome das séries.
Vamos lá, com as que já passam:
Original: The O.C. SBTizado: The O.C. - Um Estranho no Paraíso. Essa maldita mania de colocar subtítulos desnecessários...
Original: My Wife and Kids SBTizado: Eu, a Patroa e as Crianças. Putz, essa foi feia...
Original: Fresh Prince of Bel-Air SBTizado: Uma Maluco no Pedaço. hmm? huhauhauhuaha
Original: Smallville SBTizado: Smallville - As Aventuras do Superboy. Além do subtítulo, eles esqueceram de avisar que não existe mais esse Superboy, o certo é Superman mesmo.
Original: One Tree Hill SBTizado: Lances da Vida. Esse é um caso típico de título multiuso. Pensa bem, você teria alguma idéia do que é essa série a partir do título?
Agora as novas:
Original: It's All Relatives SBTizado: Casal Gay. Ok, esse era meio difícil de traduzir mesmo, mas que nominho, hein?
Original: Joey SBTizado: Vida de Artista. Claro, Joey deve ser muito difícil de pronunciar...
Original: Hot Properties SBTizados: Corretoras. Não passou nem perto do trocadilho original, além de ser uma adaptação bem xoxa...
E a campeã:
Original: Twins SBTizado: Q.I. da Loira. Má que que isso? O que diabos significa Q.I. da Loira? tsc, tsc
Ah, TODAS essas séries novas já foram canceladas nos EUA... o que significa que, além de termos que lidar com a troca maluca de horários do SBT, essas séries devem passar por um mês ou dois, no máximo, e serem reprisadas ad eternum...
Não, eu não sou de Barcelona, mas, bem, nem esses caras! I'm from Barcelona é uma banda sueca formada por nada mais nada menos que 29 pessoas (!), que cantam como se o mundo fosse formado só por Teletubbies e dinossauros roxos. São lá-lá-lás, e caras felizes para todos os lados... E a música fica na cabeça que é uma beleza. Escutem só o primeiro single deles e vejam se não é verdade:
Cantem todos juntos com os suecos mais feios do planeta!
I'm from Barcelona - We're from Barcelona
I'm gonna sing this song with all of my friends and we're I'm from Barcelona Love is a feeling that we don't understand but we're gonna give it to ya
We'll aim for the stars We'll aim for your heart when the night comes And we'll bring you love You'll be one of us when the night comes
Depois do famoso comercial das bolinhas em São Francisco, a Sony cria outro comercial muito bonito para sua linha de televisores, como se fosse um espetáculo de música clássica:
Por que todo mundo gosta de achar que falar de um jeito difícil significa falar certo? Hoje mesmo achei uma comunidade no Orkut onde os participantes acham que pseudo significa quase. Eu pseudo chamei todos eles de idiotas...
Mas, para mim, o problema maior são os particípios. Depois que o povo aprendeu que deveria ter trazido suas coisas, e não trago, parece que virou moda usar tudo quanto é tipo de particípio irregular nas frases. Qual o problema com -ado e -ido?
Por que falar ter ganho se é muito mais simples (e correto!) dizer ter ganhado? Por que tinha impresso e não o certo tinha imprimido? E pego ao invés de pegado? Ou chego (argh!)ao invés de chegado? Já ouvi até ter compro... Valha-me Deus.
Então vamos pra regrinha, que é muito simples: se o verbo tem dois particípios (como ganhar e imprimir), use o particípio "feio" com ter e haver: Eu tinha GANHADO e o particípio "chique" com ser e estar: O documento estava IMPRESSO.
Agora, se o verbo tem só um particípio, faça um favor a você mesmo e NÃO FALE do jeito que você acha bonito.
A língua agradece.
E eu também.
--------------- Enquanto isso, na Sala de Justiça...
Rodrigo Santoro finalmente apareceu em Lost. E ele fala!! Mas como assim ele é um dos 48? Então a figurante brasileira não era a única tupiniquim na ilha... Ou isso, ou os Outros sabem fazer operação de mudança de sexo. Vai saber...
Bom, Lost você já sabe o que é. Agora vou falar sobre o que já está sendo chamado de novo Lost, o seriado Heroes. Heroes é sobre pessoas comuns que descobrem possuir habilidades extraordinárias. Do tipo poderes. O político Nathan Petrelli pode voar, o pintor Isaac pode pintar o futuro e o japonês Hiro pode manipular o espaço-tempo continuum, por exemplo. Esse último descobre que uma bomba atômica vai explodir sobre Manhattan em 5 semanas, e que tem que encontrar pessoas para ajudar a impedir que isso aconteça. Pode até ser que pareça bem X-Men (e, se você pensar, é mesmo, tem até uma espécie de Wolverine - a cheerleader que possui um fator de cura), mas o seriado, pelo menos até agora, é menos focado em ação. Até agora estamos sendo apresentados aos personagens, e vendo como as vidas deles serão cruzadas.
Na NBC já está no quarto episódio (disponíveis num torrent perto de você :-)), e a previsão de estréia no Brasil é em Janeiro.
No final da década de 90, diferente de hoje, o Cartoon Network ainda passava desenhos legais (como Dexter, Vaca e Frango e Johnny Bravo, e não idiotices como Coragem, o Cão Covarde e Hi Hi Puffy Ami Yumi). Além disso, as propagandas eram bem criativas (como hoje são as do Adult Swim - uma das únicas coisas que ainda prestam no canal), como a Lição Toon e a série de vinhetas que mostram desenhos que não deram muito certo, como o Cãozinho Raivoso, Heidi e os Tiroleses e o genial Rupert, o Peixe Artista. Depois de passar anos (literalmente) procurando as músicas ou, melhor ainda, os vídeos desses desenhos, trago, finalmente, os
Cartoons que não deram certo
Rupert, o Peixe Artista
Rupert, o peixe artista Está sempre muito esperto no seu show fique certo! Rupert, como ele dança O seu sapateado faz de olho fechado! Você vai gargalhar quando ele ficar sem ar! Rupper é mesmo super Com seu doce olhar ele vai te fisgar! Rupert, que otimista! Mesmo quando esta torto com olhar de peixe morto! Rupert! Rupert!
Rupert, o Peixe Artista No final fique vendo, ele vai estar fedendo! Rupert, que otimista! Mesmo quando está torto, com olhar de peixe morto! Rupert! Rupert!
Cãozinho Raivoso
Vamos juntinhos cantar uma canção sobre o cãozinho [roof roof] raivoso Cuidado para não levar uma mordida do cãozinho raivoso
É tanta alegria ele está espumando E para o grande show está te convidando Vamos juntinhos latir uma canção sobre o cãozinho [roof roof] raivoso Ele sempre sorri porque a mandibula trava, ele é o cãozinho [roof roof] raivoso
Ninguém passa a mão, ninguém se aproxima Ele contraiu raiva pois fugiu da vacina
Se você perguntar do que quer brincar o cãozinho [roof roof] raivoso Do que vai brincar, tanta alegria ele está espumando E para o grande show está te convidando Cão danado!
Infelizmente não achei o vídeo do Rupert, mas o do cão danado em inglês eu consegui, e do Heidi e os tiroleses tabém. Quem quiser ver é só clicar no link:
Vejam esse vídeo de um japonês com um inglês muito basicão falando com a atriz-mirim Dakota Fanning (a ex-primeiro lugar das atrizes mais assustadoras da face da Terra) durante a divulgação do filme "Guerra dos Mundos".
Depois quando eu falo que é pra dar medo dela, vocês não acreditam. Viram a cara de "socorro!" que o japa ficava fazendo? E a mão na boca pra não soltar um grito?
Ah, "This is a pen" é a versão japonesa pro nosso "The book is on the table".
Há muito tempo eu não via um filme tão bonito, tanto no sentido visual quanto no da história, quanto The Fountain. Segundo a sinopse copiada quase descaradamente do Omelete, Hugh Jackman é Tommy Creo, um cientista que pesquisa da cura do câncer. Seu sucesso trará conseqüências pessoais, já que sua esposa Izzi (Rachel Weisz), está morrendo com um tumor cerebral. A chance de sucesso chega juntamente com seu time de pesquisadores, que traz uma amostra de uma árvore singular das selvas da América do Sul. A planta pode ser a cura que ele tanto busca. Enquanto isso, Izzi escreve um livro sobre um conquistador (Jackman) que viaja para o Novo Mundo em busca da Árvore da Vida a pedido da rainha Isabel (Weisz). A terceira parte da história é passada no futuro, quando o cientista (Jackman de novo) viaja pelo espaço dentro de uma bolha junto com a tal árvore.
Na verdade as três histórias não estão separadas no filme, mas acontecem a mesmo tempo, e vão se entrelaçar de uma maneira muito legal - ainda que desconcertante - no final. O mais interessante é que o filme não se propõe a dar respostas fáceis às perguntas que faz. Cada pessoa vai ter uma percepção diferente do final do filme (eu mesmo ainda não consegui decidir entre duas opções...).
O visual do filme, como já disse, é lindo. A terceira parte, que se passa no futuro, tem efeitos especiais magníficos (em especial se levarmos em conta que o orçamento do filme foi de apenas U$35 milhões). Emocionalmente, Fonte da Vida (o título em português) também é ótimo. A cena em que o cientista no futuro finalmente entende o que tem que fazer é uma das mais belas e emocionantes que já vi.
As atuações estão excelentes. Hugh Jackman continua mostrando que é mais do que um baixinho canadense com garras afiadas e fator de cura, e Rachel Weisz continua sendo, na minha opinião, uma das melhores e mais bonitas atrizes da atualidade. Indicação ao Oscar pra eles!
Não sei se ganha de Little Miss Sunshine o título de melhor filme do ano, afinal, são completamente diferentes, mas divide tranquilamente o prêmio. Por falar nisso, se alguém quiser me dar um box com os dois filmes em DVD, sinta-se à vontade!